Projeto Museu Extramuros
Conectando juventudes ao patrimônio através da educação não formal
O projeto Museu Extramuros nasceu de uma parceria entre o Museu Casa da Memória Italiana e a unidade da Espro (Ensino Social Profissionalizante) de Ribeirão Preto, com o objetivo de fortalecer os laços identitários dos jovens com o patrimônio cultural da cidade. A iniciativa se fundamenta nas concepções freirianas de educação não formal, valorizando o diálogo, a escuta ativa e a construção coletiva de saberes.
A Espro é uma instituição que atua na formação para o mundo do trabalho de adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, promovendo a inclusão por meio da capacitação profissional e cidadã. Sua missão se alinha com os princípios do projeto, ao buscar a formação integral de seus educandos e fomentar o protagonismo juvenil.
O Museu Extramuros propôs um movimento de dentro para fora do museu, promovendo trocas significativas entre dois espaços educativos não formais. Todas as etapas desenvolvidas se definiram com a temática de interesse dos próprios envolvidos. A primeira etapa do projeto consistiu em visitas mediadas e participativas ao museu, nas quais os jovens foram convidados a refletir criticamente sobre o espaço, sua história, o patrimônio e suas próprias vivências urbanas. Essas visitas não se limitaram à contemplação, mas estimularam o diálogo, o pensamento crítico e o reconhecimento dos jovens como sujeitos históricos.
A segunda etapa ocorreu na própria unidade da Espro, onde a equipe do museu deu continuidade às discussões a partir de uma palestra sobre direitos humanos e de um bate-papo coletivo. Esse momento de fruição e aprofundamento buscou ampliar os temas surgidos no museu, como desigualdades sociais, memória e identidade, conectando-os com o cotidiano dos jovens participantes.
Entre os resultados mais significativos, destaca-se o envolvimento dos jovens nas discussões e a capacidade de questionar e refletir sobre questões sociais contemporâneas, percebendo-se como agentes de transformação. Inspirados por autores que trabalham história como Walter Benjamin e memória como Maurice Halbwachs, os participantes compreenderam que “fazer história” vai além da de somente encarar os fatos do passado, mas sim, percebendo que as situações e conflitos sociais contemporâneos e a busca pelas resoluções e críticas aos mesmos é o senso de “fazer história”, sendo um processo vivo e em constante construção.
O projeto reafirma o papel do museu como espaço de encontro, escuta e formação crítica, e evidencia a potência de parcerias interinstitucionais na promoção de experiências educativas transformadoras.
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